sexta-feira, janeiro 11, 2008

Poesia

A poesia é como que uma chave jamais ferrugenta que servirá para abrir uma porta, para muitos trancada, que dará passagem para um mundo diferente, um mundo onde o tempo pára, um mundo transcendental.
Não me importa se o público gosta dos meus escritos, se lhes aprouver odiar que assim seja, pois eles a mim são mais que simples palavras escondendo o significado em metáforas, são elas o meu ser, a escrita do meu sentir, do meu pensamento, e é isso que, verdadeiramente, importa. E é por ser eu neles espelhados, ou qualquer ideia que em mim resida, que os apelido de perfeitos, não porque esteja a ser convencido, não porque os ache a salvo de qualquer imperfeição (até porque mais que ninguém, sei onde se encontram os mais ínfimos defeitos), mas sim porque são como filhos que alimento e vejo crescer, cada um à sua maneira, é o meu pensar despojado de todas as artimanhas, preso ao papel.
E é a escrever que, realmente, me sinto bem, não só porque a liberdade inerente à poesia acaba por me soltar das amarras colocadas, saber que sou eu o criador, sou eu quem decide a forma, conteúdo, arranjo de palavra e outros mais, mas também porque é a maneira que tenho de confessar tudo sobre mim à minha própria pessoa, tendo como resposta o leve som do arranhar da caneta no papel e que, suavemente, me acalma.
Assim, deixo-vos os meus poemas, o meu legado, o que de mais importante tenho para vos dar, não com o intuito que os admirem acima de muitos outros, mas sim que entendam a mensagem neles expressa.


Tiago Alves






A poesia devolve-nos a liberdade
que aos poucos vamos perdendo…

4 Steps:

Blogger filipe said...

the boy can dance! :) hallelujah

1:51 da tarde  
Blogger Sandra de Santa Bárbara said...

escrver alivia, ainda para mais poesia.

*
desculpa a invasao
nice blog :)

8:49 da tarde  
Blogger Alex said...

"deixo-vos os meus poemas, o meu legado, o que de mais importante tenho para vos dar"

Compreendo o que queres dizer, e especialmente por ser "a maneira que tenho de confessar tudo sobre mim à minha própria pessoa".

No entanto, será difícil resumir o teu conhecimento, as tuas vivências e as tuas experiências apenas com o que transmites através da escrita. É deveras importante o que consegues revelar sobre ti mesmo deste modo, mas permite-me discordar. Penso que encontrarás uma grande parte do teu legado naquilo que tu fazes, na relação que tens com os outros e nos resultados destas tuas acções.

... Isto saíu um pouco cócó [não é muito o meu estilo... quase que parece um sermão. Desculpa, não era a minha intenção xD].... Tudo para dizer que em Freixiel/Capelongo serão estas últimas coisas que esperarão de ti e para eles, a grande parte do teu legado residirá nelas.
Porém, tal como uma das antigas missionárias desenhava quadros estupendos do que a realidade de lá a afectava e a fazia sentir, será fantástico se fizeres o mesmo com as tuas capacidades poéticas!
E mais facilmente deixarás os teus quadros lá do que ela deixou os dela! (... sempre é um legado por escrito, mais fácil de copiar :)

2:15 da tarde  
Blogger Mafalda Chambel said...

A liberdade poética é tua para sempre. Escreves como queres, o que queres. Despes o teu lado mais intimo e dás-te aos outros pelas palavras, pelo papel, pelo ecrã.
Quem conhece os mundos emocionais onde a poesia te transporta compreende o quanto significa uma palavra acerca de...

Despes os segredos mais ocultos e incessantes... descreves as corridas emocionais que mais ninguém entende, e revelas-te a toda a gente, sendo que, são raras as pessoas que te conseguem ver nu, sem um nevoeiro ao redor (ou seja decifrarem realmente tudo o que vai em cada palavra, em cada estrofe...)

no entanto por deixar em papel o nosso verdadeiro eu, sentimo-nos nós próprios, assumimos quem somos, mostramos sem máscaras tudo... e sabe bem... sabe bem sermos tão nós próprios

só estamos vivos quando nos assumimos emocionalmente

1:59 da manhã  

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