segunda-feira, março 19, 2007

Piranha Picanha


Tinha-me escapulido dos meus pais, não para um ermo inalcançável da parte deles, aliás eles podiam muito bem ter-me ido lá buscar, não por mania de incentivar a minha rebeldia, como lhe gostam de chamar, mas porque queria ver os meus amigos, após um fim de semana no meio do nada, que, supostamente, estreitaria laços familiares, e onde nem um cigarro se quedou na minha boca, não que tenha extrema necessidade, mas agrada-me o seu toque.

Consegui um tempinho para me sentar ali com eles, no sítio do costume, já nem é preciso combinar-se, talvez ainda se faça, em grande parte, vá, por tradição, ou o que lhe queiram chamar. Trocados os cumprimentos já habituais, de tal modo que, por vezes, até deixam de existir, deleitámo-nos a contar e ouvir histórias do fim de semana, que ontem tinham saído e que tinha sido engraçado, até passaram aquela e a outra música, que depois se me lembrares eu mando-te pa veres, e tu que contas? nada de mais, o mesmo de sempre, com a variante que hoje até estudei um bocado, mas depois vejam lá que a cabra que tava pranha morreu! coitada! sim, coitada, mas olhem é a vida.

Aquilo e aqueloutro, deu tempo para o tempo passar sem que disso se desse conta. Uns tinham que ir senão os pais lá os vinham chatear que aquilo não era vida para estudantes, outros porque sim, e eu por isso tudo e por sono. Sabia que mal chegasse não era para a cama que iria, já me conheço a 18 anos, e ninguém me vence nisso, e portanto cá estou eu a discorrer as minhas ideias num bocado de papel electrónico, tudo porque a desculpa de hoje, não senhor, não é a morte da cabra pranha e dos seus cabritos, mas sim a morte, que mais cedo ou mais tarde sabia que estava para vir, não pensei é que tivesse logo de ser ao fim de semana (não que a diferença fosse muita, mas assim não sei a exactidão do dia, que por mera curiosidade mórbida gostaria de saber), da minha piranha, que embora oferecida, em parte, por mãos desrespeitadoras e infiéis, a tinha já colocada no meu testamento...

Assim sendo, resta-me ser eu agora a herdar o aquário, termostato, filtro e o resto da carne que ficou por descongelar.


A ti piranha picanha, RIP

9 Steps:

Anonymous Anónimo said...

...atraiçoaste uma vida em nome da pornografia warcraftiana... nao sei que dizer, toda a culpa é tua e so tua, agora deverias alimentarte dessa carne congelada e viver nesse pequeno aquario, para sentir o que a pequena sentiu...abandonada, enquanto seu dono se regalava com sujidade cibernética...aiai...

3:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma lastima esta perda irreparavel! Que ela descanse na paz dos Deuses...

7:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

pobre bixinha devuradora de dedus... lá po natal oferecemus t um pxinhu pa n ficares triste... x)

e já agr... arranja m a carne congelada k a nha tartaruguinha come xD

9:16 da tarde  
Blogger missMadness said...

suponho que tenhas escrito isto após tomar qualquer coisa duvidosa.

coitada da piranha.

os meus mais sinceros pêsames.

RIP (piranha que eu nunca vi.)

7:03 da tarde  
Blogger missMadness said...

PS: o teu blog até tem coisas giras.

7:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

pois é...e lá se foi o k a mim me cabia no teu testamento ne? =(

a vida continua my friend...=P

bjinhO**

9:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Antes de mais nada...
Quero te dizer k não é o facto de teres um blog todo coiso k deixas de ser a pessoa mais nojenta k konheço! Acredita o titulo há-de ser sempre teu!!!
Pensava k era só na poesia k dizias koisas sem sentido afinal na prosa tambem nao dizes nada de jeito! Aposto k é assim k konvences..lá os da tua laia a dar-te com o marzápio nas nalgas...Ah e tal..tenho um blog..sou bueda bué escritor! A mim não me enganas tu!

1º de muitos
Do teu Sérgio

PS- Amanhã falamos!

11:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tasted like a Trout yummy

11:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Piranha, a Bela... nunca nos cruzamos em vida... quanto te vi pela primeira vez já jazias na tua sepultura... contudo, deixo aqui um comment à tua memória.

Eras bela... lembravas o por-do-sol sobre o Mar num dia de Verão...

Davas cor e alegria aos dias do teu dono, deambulando solitariamente ora para cá, ora para lá, no teu aquário...

Sentiremos a tua falta. Terás sempre um lugarzinho nos nossos corações. Nunca serás esquecida !

R.I.P.

1:14 da manhã  

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