quinta-feira, março 08, 2007

...

Como estou cansado, tão despropositadamente cansado.
Vivo, morro e logo renasço,
Uma constante inconstância.

Digo e contradigo, falando, ficando calado.
Faço o que há a fazer e até o que não há a fazer.
Faço e refaço, mas nada faço.

Escrevo agora, rasgo a seguir, queimo depois.
Recordo, choro, volto a escrever,
Jamais igual, sempre diferente.

Que estranho me é não me estranhar,
Que tédio é ter planos, esboços e cumpri-los,
E que enfado é nada ter de cumprir.

Sinto e aborreço-me,
Penso e canso-me,
Durmo e acordo, que não há sono.

Quero o sentir exagerado do que se sente,
Rir, correr, cair, saltar, fugir, morrer, viver,
Só por saber que sinto, sem o saber.

Como me farta a guerra, interminável, dos contrários,
Lutando numa ferocidade animal, sanguinária,
Carpindo sobre o cadáver do inimigo, prostrado por suas mãos.

Espero e desespero-me.
Tudo porque não me descanso…

2 Steps:

Anonymous Anónimo said...

ter planus é xatu... mas n ter nd p ocupar u tempu, p ocupar u grand vaziu das nossas vidas, inda é pior...

axu k s nao fossem pelus planus, ng tinha vidas tao longas... :P

8:25 da tarde  
Blogger Mafalda Chambel said...

é a verdadeira sensação da revolta por: nada ter de fazer, e ao mesmo tempo ter de cumprir a falsa e mórbida vida na sociedade. O q é realmente viver?

1:50 da manhã  

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