quarta-feira, novembro 22, 2006

Chuva...

A chuva que de céus tenebrosos
se verte, impiedosamente,
fustiga-me a face, numa luta perdida
de purificação do abrigado em mim.

Essa água que, assim, é expulsa,
interrompe todo o seu processo,
finalmente ciente da inutilidade
a que se propôs realizar.

Agora, toda a que se perdeu, infrutífera,
é calcada, duramente, sem perdão,
por minhas botas impávidas, escarnecendo,
das lamúrias e sentimentos de estranhos
e, talvez, não reclamados, meus também...

Quem te manda a ti,
querer o meu não-querer?
Quem te diz, que sonhar-me
é passível de teus choros?

Pois, que, amargamente,
desprovida de tudo que fazias ter,
sintas o que sinto
e te acalmes num choro teu e interior...

1 Steps:

Anonymous Anónimo said...

a chuva é bunita... x)

**

8:24 da tarde  

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