Mais um dia que surge
Mais um dia que surge
que, embriagado pelo sono, me sacode
e, no ganho das forças, me desperta
e, extasiante, me levanta.
Como me cansas, tu, dia maldito,
que em tuas horas tão matinais
chegas em árduos tempos, tão cheio de impropérios!
Que modos esses, que não os perdes?!
Não te disse já que te quero tardio?!
Tarde na passagem de testemunho à penumbra?!
Tarde no abrir da cortina, que só assim te aplaudo?!
Arrasto-me por onde me levo,
perco-me por onde me levei.
Graças a ti, dia, que me tiras de mim!
Pois te digo, sem retorno,
que se de mim há senhor,
não és tu, tal não penses,
que me deito e me cubro!
que, embriagado pelo sono, me sacode
e, no ganho das forças, me desperta
e, extasiante, me levanta.
Como me cansas, tu, dia maldito,
que em tuas horas tão matinais
chegas em árduos tempos, tão cheio de impropérios!

Que modos esses, que não os perdes?!
Não te disse já que te quero tardio?!
Tarde na passagem de testemunho à penumbra?!
Tarde no abrir da cortina, que só assim te aplaudo?!
Arrasto-me por onde me levo,
perco-me por onde me levei.
Graças a ti, dia, que me tiras de mim!
Pois te digo, sem retorno,
que se de mim há senhor,
não és tu, tal não penses,
que me deito e me cubro!
Um poema que vai mais à emoção do que à introspecção. Gostei. Gostava de ler poemas teus virados para o amor, seria interessante.