quinta-feira, junho 10, 2010

Sempre

Sempre o mesmo sentimento de perda,
apertado e envolvido pelo de vazio,
todos os anos, no mesmo dia,
e até, no mesmo sítio...


No mesmo lugar em que sempre me revejo,

ano após ano, a saras feridas cansadas.
Fecho os olhos e vejo de cor
a agonia dos sentidos, que ali deixei escondidos.


Para o ano voltarei, certo na tristeza,
que a todos sempre assim é, dê por onde der!
Volto-te as costas, que por hoje já me chegas,
que por hoje estou destroçado...


Saio, acabrunhado, escondido pela noite,
na procura do que não sei.
Repuxo as peles e embrulho-me tremente,
perdido sei lá onde, sei lá eu porquê...