sexta-feira, janeiro 11, 2008

Poesia

A poesia é como que uma chave jamais ferrugenta que servirá para abrir uma porta, para muitos trancada, que dará passagem para um mundo diferente, um mundo onde o tempo pára, um mundo transcendental.
Não me importa se o público gosta dos meus escritos, se lhes aprouver odiar que assim seja, pois eles a mim são mais que simples palavras escondendo o significado em metáforas, são elas o meu ser, a escrita do meu sentir, do meu pensamento, e é isso que, verdadeiramente, importa. E é por ser eu neles espelhados, ou qualquer ideia que em mim resida, que os apelido de perfeitos, não porque esteja a ser convencido, não porque os ache a salvo de qualquer imperfeição (até porque mais que ninguém, sei onde se encontram os mais ínfimos defeitos), mas sim porque são como filhos que alimento e vejo crescer, cada um à sua maneira, é o meu pensar despojado de todas as artimanhas, preso ao papel.
E é a escrever que, realmente, me sinto bem, não só porque a liberdade inerente à poesia acaba por me soltar das amarras colocadas, saber que sou eu o criador, sou eu quem decide a forma, conteúdo, arranjo de palavra e outros mais, mas também porque é a maneira que tenho de confessar tudo sobre mim à minha própria pessoa, tendo como resposta o leve som do arranhar da caneta no papel e que, suavemente, me acalma.
Assim, deixo-vos os meus poemas, o meu legado, o que de mais importante tenho para vos dar, não com o intuito que os admirem acima de muitos outros, mas sim que entendam a mensagem neles expressa.


Tiago Alves






A poesia devolve-nos a liberdade
que aos poucos vamos perdendo…

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Riders on the Storm

Riders on the storm

Riders on the storm

Into this house we´re born

Into this world we´re thrown

Like a dog without a bone

An actor all alone

Riders on the storm


There´s a killer on the road

His brain is squirmin´ like a toad

Take a long holiday

Let your children play

If ya give this man a ride

Sweet memory will die

Killer on the road, yeah


Girl ya gotta love your man

Girl ya gotta love your man

Take him by the hand

Make him understand

The world on you depends

Our life will never end

Gotta love your man, yeah

Ou...Se...

Faz muito tempo desde a última palavra escrita no seu caderno, que utiliza para aquelas ideias que se desvanecem se não as agarrarmos à primeira oportunidade... Desde então, é-lhe díficil o deslizar do carvão conforme a sua vontade, seja lá o que isso for... e hoje não é diferente.
Simplesmente, teimou. Não para a vinda de inspiração, antes a ida do cansaço, aquele que em ínfimas parcelas se vai acumulando, sem que o ser dele tome consciência, e já instalado só então se faz anunciar. É esse o cansaço a que se faz referência. Tenta, por tudo, mostrar-se receptivo, a quem, por direito e sem ele, merece, e tenta até dar, o que se costuma dizer, o ar da sua graça, mas isso cansa...ainda mais. Continua a dar aos demais o que estes pedem dele e não lhes chega ou não lhes serve ou outro sem fim de variações, ou afinal, a máscara é já sua pele e não se habitua a si mesmo. Crise de adolescente em idade tardia? Ou a crise da falta de tempo e descanso para uma simples e completa saída para beber café durante a queima de um vício? Ou...
Se não fosse... Se... esse se que atormenta a língua do ser mortal e, no entanto, de que nos serve? Consolo? Auto-mutilação psicológica, com forte inclinação para a física, em casos não tão raros? Esse se, que de tanto dizem que poderia ter sido melhor, insisto que poderia ter sido catastrófico. Estendem-se em matérias que não existem, em comparações com a vida não vivida, que devido à sua característica mais determinante - o não ser passível de viver - as torna irrealizáveis. Mas, teima-se no se...
Cansaço... E com este, o final de mais uma tentativa de se estender na escrita de um texto a si aprazível...mais um...porém, decerto com o âmago sarado... mesmo que de passagem.