quarta-feira, janeiro 24, 2007

Erotic politicians

Há determinadas coisas na vida que têm sentido. Outras nem por isso. Mas mesmo as primeiras, muitas vezes, só no seu contexto ou no seu tempo certo. A partir daí a recordação é revivalista, o que é raramente dignificante. Os Doors foram uma dessas coisas. São. Mas a música – essa coisa para além da existência Sartreriana – perdura. A poesia é intemporal. O espírito do poeta não se revive, está lá, hoje, e, esclareça-se, definitivamente num sentido que de católico tem, vá, muito pouco.

(Robbie Krieger é finalmente um grande guitarrista. 40 anos depois. Ray Manzarek tem menos três anos que uma das minhas avós que se mexe menos que o meu cão com uma artrose. E toca com as mãos, com os pés, destrói o mundo. Ian Astbury só imitou a galinha uma vez. Chamem-lhe dança shamã... Nem faltaram os doces para os "jovens europeus politizados" de 68. "Perdoem-nos por G.W.B.". Cliché, sim - mas grande concerto.)

Texto e imagem da autoria de:

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Tranquilidade

Voar entre sonhos para te encontrar
Suspenso pelo teu aroma e leveza,
Olhar as estrelas e sentir o teu olhar
Perante tanto mistério e tanta beleza

Irreversível,
As saudades que provocas,
Nos desejos e sentidos que acordas...

Memórias do inesquecível sabor
Do inevitável sorriso inocente
De me deixar levar completamente
Ao sentir o teu calor

Irreversível,
As saudades que provocas,
Nos desejos e sentidos que acordas...

O mundo para e a minha alma voa
Para algo melhor e sem explicação
Ao encontrar-te no meu coração
O mundo pára,
A minha alma nasce!
Poema da autoria de: BNb

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Mais um dia que surge

Mais um dia que surge
que, embriagado pelo sono, me sacode
e, no ganho das forças, me desperta
e, extasiante, me levanta.

Como me cansas, tu, dia maldito,
que em tuas horas tão matinais
chegas em árduos tempos, tão cheio de impropérios!

Que modos esses, que não os perdes?!

Não te disse já que te quero tardio?!
Tarde na passagem de testemunho à penumbra?!
Tarde no abrir da cortina, que só assim te aplaudo?!

Arrasto-me por onde me levo,
perco-me por onde me levei.
Graças a ti, dia, que me tiras de mim!

Pois te digo, sem retorno,
que se de mim há senhor,
não és tu, tal não penses,
que me deito e me cubro!